Estudo sobre segurança privada detecta crescimento do setor
Em tempos inseguros e violentos, a segurança privada é um mercado necessário e que vem passando por amplo crescimento. Para se ter uma ideia, a previsão de receita desse feixe de mercado nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia para o ano de 2020 pode chegar em até 200 bilhões de dólares. Isso conforme estudo sobre segurança privada da Statista, consultoria alemã em pesquisas independentes.
Os especialistas afirmam com bastante convicção que esta tendência será seguida aqui, no Brasil. Se levarmos em consideração só o cenário dos sistemas eletrônicos de segurança, por exemplo, a expansão média anual foi de 8% no país.
Este impacto, apesar de ser negativo devido o aumento da violência, gera renda, serviços e também fornece novos produtos, abrindo perspectivas para a importação e exportação.
No Brasil, o crescimento do setor de segurança privada emprega 700 mil trabalhadores formalizados, superando o contingente até do exército brasileiro. Devido à sua diversidade, fatura anualmente 50 bilhões de reais, com projeção de aumento até 16% em 2019.
Com o intercâmbio das informações, empresas norte americanas e brasileiras já trabalham em conjunto, buscando tecnologias e abrindo parcerias para expansão no mercado mundial.
Por dentro do conceito de segurança privada
A segurança privada tem como objetivo fornecer serviços de proteção tanto pessoal como patrimonial. Ou seja, dar direito ao indivíduo de proteger a si, sua família, seus empregados e bens, entre outros. São atividades de segurança criadas por organizações especializadas e autorizadas pela Polícia Federal.
Existem 4 tipos principais que definem bem a abrangência deste serviço. São eles:
1- Segurança pessoal
Atividade exercida para garantir a integridade física das pessoas. Envolve um conjunto de ações técnicas defensivas e preventivas para proteção do indivíduo em qualquer ambiente. É um tipo de serviço muito contratado por celebridades e outras figuras públicas. Pode ser usado para crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais.
2- Segurança patrimonial
Muito comum em eventos sociais e dentro de estabelecimentos públicos, privados, urbanos ou rurais, a segurança patrimonial tem como foco garantir a segurança das pessoas e a integridade do patrimônio.
O maior objetivo é livrar o patrimônio de uma empresa ou pessoa física das consequências geradas por danos (seja acidentes, roubos ou furtos), perturbações (greves e paralisações) e até interferências externas, como sabotagem e espionagem de assuntos sigilosos.
3- Transporte de valores
Transporte de bens e valores por meio de veículos comuns ou ainda especiais, a exemplo do carro forte. Por se tratar da movimentação de dinheiro em espécie, exige uma segurança altamente qualificada para evitar a ocorrência de roubos e assaltos.
Engloba não somente o transporte de moeda. Além disso, pode ser usado no translado de jóias, metais preciosos, documentos, provas (usadas em concursos públicos e vestibulares, por exemplo), chips, celulares, processadores e servidores de alto valor agregado.
4- Escolta armada
Tem como objetivo garantir o transporte de qualquer tipo de carga de valor nas estradas e rodovias. A escolta armada atua de forma preventiva. Possui como foco principal proteger a carga valiosa dos clientes e assegurar que a mesma chegue ao destino com a mercadoria nas condições necessárias, dentro do prazo e das expectativas do contratante.
Auxiliar a segurança pública e complementar as forças é o conceito de segurança privada. Inibindo ações criminosas que sobrecarregam o sistema, o crescimento do setor é muito importante para a sociedade.
Aspectos legais que norteiam a segurança privada
A segurança privada possui uma legislação bem específica. Os principais documentos a serem considerados são a Lei 7102/83 e a Portaria 3233/2012. Estes implicam que toda a responsabilidade e fiscalização deste segmento seja feita pela Polícia Federal.
Os colaboradores que operam como vigilantes devem obrigatoriamente realizar seus cursos preparatórios especializados em academias registradas pela Polícia Federal. Além disso, os candidatos ainda passam por testes psicológicos. A validade dos cursos é de 2 anos. Após esse período, os profissionais devem fazer um processo de reciclagem que os mantém aptos para exercer as respectivas funções.
Este segmento de mercado passa por um grande desafio: a clandestinidade nos serviços prestados. Estima-se que, hoje, para cada profissional autorizado, existam 3 que trabalham no ramo de segurança privada de forma ilegal.
O que implica esta procura é justamente o valor. Uma empresa regulamentada têm diversos encargos sociais, impostos, seguros e despesas – os quais uma prestadora de segurança privada informal não possui. Você pode consultar o Alvará de Funcionamento de empresas autorizadas por este link, disponibilizado pela Polícia Federal.
Como fazer a escolha da empresa de segurança?
Devido a essa diferença enorme no custo de contratação, o tomador, muita vezes, assume o risco de escolher o serviço informal. De início, essa pode parecer uma boa idéia. Porém, na maioria das vezes, o barato sai caro.
Contratando uma empresa não registrada pela Polícia Federal, automaticamente se assume a ameaça de estar completamente desamparado com a lei e colaborar com a exploração de mão de obra. Pois os prestadores das empresas clandestinas não possuem sequer amparo perante nossa legislação. Além disso, não proporciona qualquer integridade ao profissional, arriscando ser pego pela fiscalização e a sua empresa arcar com os custos elevados das multas.
Outro fato importante a evidenciar é a opção da escolha de uma empresa a ser contratada. Com o crescimento do setor, o número de empresas aumentou bastante, tanto as legais quanto as clandestinas.
Nunca uma contratação de segurança privada deve ser feita às pressas! É indispensável avaliar bem a instituição que prestará os serviços. Saber exatamente quais são os detalhes e as necessidades antes de fechar um contrato é medida fundamental.
Realizar uma boa escolha é algo fundamental! Quando se contrata serviços de segurança privada, é assumido um risco muito grande, pois é necessário passar todas as fragilidades de sua empresa para que a proteção possa ser feita de maneira efetiva. Sendo assim, você está literalmente “entregando o tesouro” nas mãos de estranhos.
Por isso, é indispensável que você conheça bem a empresa e saiba de seus históricos de prestação de serviços.